quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Os limites da ciência.

Incapazes de montar um argumento científico eficiente, os defensores do Projeto Inteligente e das formas mais antigas de criacionismo recorrem à retórica. Eles afirmam, por exemplo, que a evolução é na verdade uma ideologia, nascida de um culto ao naturalismo, que afirma que Deus não tem função no universo e que os eventos possuem apenas causas naturais. Os darwinistas “aderiram ao mito a partir do interesse próprio e do desejo de eliminar Deus”, escreve Phillip Johnson, um professor de direito e criacionista confesso. Johnson afirma que os biólogos evolutivos se recusam a considerar a possibilidade de que uma intervenção sobrenatural tenha influenciado o universo e estão cegos diante das fraquezas da evolução. Em uma audiência justa – na qual a intervenção divina pudesse ser considerada uma explicação possível para a história da vida –, Johnson afirma que o criacionismo venceria.
No entanto a ciência, tome ela a forma da química, da física ou da biologia evolutiva, só pode explicar as regularidades do mundo. Se deus mudasse a massa do próton a cada manhã, seria impossível para os físicos fazer qualquer previsão sobre como os átomos funcionam. O método científico não afirma que os acontecimentos só podem ter causas naturais, mas que as únicas causas que podemos entender, cientificamente, são as naturais. E por mais poderoso que possa ser o método científico, ele é mudo a respeito de coisas além de sua área. Forças sobrenaturais estão, por definição, acima das leis da natureza e assim estão além do objetivo da ciência.
Johnson e outros criacionistas dirigem sua fúria contra a biologia evolutiva, mas na verdade estão atacando todos os ramos da ciência. Quando os microbiólogos estudam um surto de tuberculose resistente, eles não pesquisam a possibilidade de que seja um ato de deus. Quando os astrofísicos tentam determinar a sequência de eventos pela qual uma nuvem primordial condensou-se em nosso sistema solar, eles não desenham simplesmente uma caixa-preta entre a nuvem e os planetas formados e escrevem dentro dela: “Aqui aconteceu um milagre.” Quando os meteorologistas não conseguem prever o rumo de um furacão, eles não afirmam que deus tirou a tormenta do seu curso.
A ciência não pode simplesmente entregar o desconhecido na natureza ao divino. Se o fizer, não restará ciência alguma. Como diz o geneticista Jerry Coyne, da Universidade de Chicago, “se a história da ciência nos mostra alguma coisa, é que não vamos à parte alguma chamando nossa ignorância de ‘Deus’”.
A “ciência da Criação” não influencia de modo algum a forma como os cientistas praticantes estudam a história da vida. Os paleontólogos continuam a descobrir fósseis importantes para o nosso entendimento de como os humanos, as baleias e outros animais surgiram. Os biólogos desenvolvimentistas continuam a listar a sinfonia dos genes construtores de embriões para entender como aconteceu a explosão cambriana. Os geoquímicos continuam a descobrir pistas isotópicas sobre quando a vida apareceu pela primeira vez na Terra. E os virologistas continuam a descobrir estratégias que vírus, como o HIV, usam para vencer seus hospedeiros. Para todos eles a biologia evolutiva, e não o criacionismo, permanece sendo a fundação de seu trabalho.
No entanto, apesar de seu fracasso como ciência, os criacionistas continuam tentando, tão tenazmente como sempre, obter o controle do modo como as escolas públicas americanas ensinam ciência. [...]


Fonte: ZIMMER, Carl. O Livro de Ouro da Evolução. Traduzido por Jorge Luis Calife. Rio de Janeiro: Ediouro. p.520-522, 1998.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Louis Pasteur e a derrota da abiogênese

Louis Pasteur (1822 - 1895) derrubou a teoria da abiogênese que cegou por muitos anos a ciência, com um experimento simples e arranjado às pressas para poder participar de um concurso proposto pela Academia Francesa de Ciências, que deseja por um ponto final nessa disputa entre os defensores da abiogênese com os da biogênese. Pasteur vence o concurso e encerra de vez essa discussão que perdurou por séculos. 
O vídeo é interessante, vale a pena conferir.




O experimento de van Helmont

Johannes (ou Jan) Baptista van Helmont pode ter sido um grande médico, químico e bioquímico em sua época (1579 - 1644), mas como naturalista (atualmente biólogo) não teve tanta sorte. Seu experimento de criar ratos espontâneamente (abiogênese) causou anos e anos de erros científicos. Acompanhem a simulação do seu experimento no vídeo abaixo.


Fonte: BBC - The Cell

Abiogênese X Biogênese

Esse vídeo conta como foi a disputa entre os defensores da abiogênese contra os da biogênese, quais foram seus experimentos e como a teoria da abiogênese foi derrubada de vez.


Fonte: History Channel - A origem da vida (How life began)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ossos do corpo humano

Os esquemas a seguir ilustram o sistema esquelético na espécie humana. Mais de duzentos ossos (206) compõem o sistema esquelético humano. Os ossos são fortes e leves, em uma pessoa de 50 kg de peso, os ossos correspondem apenas a 7kg.
Observem que os ossos do crânio apresentam suturas entres eles, por isso dizemos que são ossos imóveis. Essas suturas, em crianças recém-nascidas, são tecidos conjuntivos macio entre os ossos do crânio, denominadas moleira ou fontanela. A moleira permite que os ossos se acomodem ao crescimento rápido do cérebro e também facilita a passagem da cabeça do bebê pelo canal vaginal na hora do parto. Após 2 anos de idade a moleira é substituída por tecido ósseo. 
Clique nas imagens para ampliá-las.



As estruturas representadas abaixo, em azul, tratam-se de tecidos conjuntivos que fazem o ligamento entre os ossos, denominadas cartilagens costais. Essas cartilagens são fundamentais durante a respiração, permitindo que a caixa torácica aumente de volume. Os discos entre as vértebras da coluna são chamados de discos intervertebrais e atuam como almofadas impedindo o choque entre as vértebras quando andamos ou corremos.




Os ossos dos membros superiores são:



Os ossos dos membros inferiores são:



Fonte: Sobotta - Atlas of Human Anatomy

Antoni van Leeuwenhoek

Caros alunos, segue abaixo o vídeo contendo uma parte da história do grande cientista holandês Antoni van Leeuwenhoek (1632 - 1723), responsável pela criação da primeira lente que possibilitou observar os seres microscópicos.
Esse vídeo é um trecho do filme produzido pela emissora norte-americana BBC, chamado The Cell (A célula).